quarta-feira, 30 de março de 2016

O saber docente

Ao longo de suas carreiras os professores se apropriam de saberes que correspondem aos discursos, objetivos, conteúdos e métodos a partir dos quais a instituição escolar categoriza e apresenta como modelos da cultura erudita e de formação para a cultura erudita.
Este professor que trabalha nas escolas da atualidade, com uso de novas tecnologias e recursos pertencentes ao arsenal científico e cultural disponível para a humanidade, demandas de valores éticos e posturas solidárias, ao interagir com essa clientela que está conectada aos acontecimentos mundiais em tempo real, enfrenta um grande desafio.
Tal desafio requer uma visão de futuro, aliada a uma postura crítica que pressupõe capacitação constante, estudo continuado, curiosidade e interesse em estar atualizado, pois, ensinar e aprender, agir ao mesmo tempo como mestre e aprendiz, são requisitos fundamentais aos que se dedicam à Educação.
Há que se considerar a peculiaridade desse espaço educativo dos dias de hoje, onde o saber docente fica diretamente ligado a uma relação pedagógica centrada nas necessidades e interesses do aluno.
Há que se lembrar, também, que a relação com as famílias exige preparo e discernimento de todos os que se dedicam à Educação.
Nesse contexto, a especificidade do saber docente ultrapassa a formação acadêmica, abarcando a prática cotidiana e a experiência vivida. Pode-se dizer que é um saber heterogêneo e plural.
Como a pertinência dos saberes escolares não é mais tida como óbvia nessa nova realidade globalizada e informatizada, a função docente passa a dirigir um olhar especial à preparação dos sujeitos, equipando-os em consonância com a concorrência impiedosa que rege o mercado de trabalho. Nesse processo, a escola não cuida ainda da formação do aluno em termos de valores, ética, cidadania.

Competências na formação de professores no Brasil

Analisa a centralidade do conceito de competências na reforma curricular da formação de professores no Brasil nos anos de 1990. Considera as competências em um conceito recontextualizado. Com base nos documentos oficiais, analisa as relações globais e locais instituintes do controle da profissionalização docente via currículo por competências. Analisa também como o conceito de competências já foi empregado ao longo da história do currículo, particularmente na formação de professores, bem como as perspectivas que se apresentam para a formação de professores em nossa história recente.

Certificação Docente e Formação do Educador: Regulação e Desprofissionalização

Para esta análise foi considerado o Programa Toda Criança Aprendendo, orientador da política de formação continuada e da certificação de professores, que oferece as diretrizes para a criação das matrizes de competência e da Rede Nacional de Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação. Tais matrizes deverão constituir-se em referência não apenas para os processos de certificação dos professores, mas sobretudo para a acreditação e autorização das instituições formadoras. A atual política, ao dar seqüência às políticas anteriores marcadas pela subordinação do país às agências internacionais de financiamento, indica, portanto, uma continuidade do processo de desprofissionalização do magistério e o aprofundamento do processo de controle e regulação do trabalho docente, principalmente por meio dos exames de certificação e da ampliação do caráter tutorial da formação, com a criação da Rede e, nela, a priorização de produção de programas de educação a distância e material didático para a formação continuada de professores da educação básica.

Regulamentação da profissão docente

Há um movimento aparentemente contraditório de profissionalização, regulação e flexibilização do trabalho docente, revelado, a partir da aprovação
da LDB, pelas seguintes proposições em desenvolvimento nesse período:
- manutenção da formação de professores para educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, em nível médio;
-flexibilização no exercício do trabalho docente, ao instituir a possibilidade de formação pedagógica para qualquer bacharel proveniente das demais áreas e profissões,legitimando o magistério como “bico” e flexibilizando,portanto, também a formação, pela complementação pedagógica;
-recuperação da concepção de “formação em serviço”, que teve grande vigor na década de 1960, e de “aproveitamento de estudos”, como fundamentos da formação do profissional da educação, trazendo para o âmbito da legislação a ênfase na experiência e nas práticas como elemento definidor da qualidade da formação, restringindo a importância da sólida formação teórica e epistemológica no campo da educação e imprimindo a visão dicotômica da relação teoria e prática;
-institucionalização dos Institutos Superiores de Educação (ISEs)
como espaço preferencial para a formação de professores, inclusive em nível de pós graduação;
-regulamentação da certificação de professores como mecanismo de avaliação e premiação dos professores, processo do
qual poderão participar também os professores leigos, reforçando a noção de competência individual para determinadas tarefas e não para o trabalho, entendido como totalidade rica de múltiplas e complexas relações;
- retirada dos atuais cursos de licenciatura do âmbito da educação e do lócus específico de produção de conhecimento no campo da educação e da pedagogia: as faculdades e os centros de educação nas universidades.
Este movimento das políticas é parte de um movimento maior, no campo das idéias, que vem influenciando os estudos da área desde início da década de 1990, com a
implementação das reformas educativas nos diferentes países. A explicitação das políticas e das concepções que as informam é uma necessidade que está posta na atualidade e que nos movimenta como estudiosos da temática.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Sugestão

  Para quem tem interesse em fazer uma infografia, logo aqui em baixo vou deixa o link de um ótimo site onde pode ser feito. A nossa infografia foi feita através dele.

  http://piktochart.com/

Infografia

  Feito através de um vídeo que nossas colegas de classes Cristina e Milena fizeram a pedido do professor.


Link do vídeo da nossa referência: https://www.youtube.com/watch?v=zNZs0fUtcAg



domingo, 6 de março de 2016

Como usar a infografia na sala de aula ?



  A seleção de infográficos a serem lidos e produzidos deve estar relacionada a interesses dos alunos. Esse tipo de texto pode ser usado em apresentações de eventos escolares, como uma feira de ciências, ou da própria turma, como apresentação de seminários. O importante é integrar as leituras e produções dos alunos a práticas reais e significativas, não só ao estudo de conteúdos para avaliação.

Objetivos:

• Leitura do infográfico, dando destaque à multimodalidade.

• Interpretação de como processos são representados em infográfico na visão científica.

• Pesquisa de infográficos de tema determinado previamente.

• Exposição em feira de ciências da escola ou em apresentações orais na sala de aula.